Cristianismo cresce na África, mas falta capacitação teológica para pastores Instituições teológicas no continente estão formando menos de 10% dos líderes necessários Redação CPAD NewsDe Redação CPAD News24 de março de 20253 minutos lidos

Cristianismo cresce na África, mas falta capacitação teológica para pastores Instituições teológicas no continente estão formando menos de 10% dos líderes necessários Redação CPAD NewsDe Redação CPAD News24 de março de 20253 minutos lidos

                                                              Foto: ilustrativa/ Shutterstock 

O avanço da fé cristã no continente africano é uma conquista a se comemorar, no entanto, com o crescimento no número de fiés, aumenta também a necessidade de pastores capacitados teologicamente.

Segundo o diretor-executivo da Associação de Educação Teológica Cristã na África (ACTEA), Dr. David Tarus, as instituições teológicas na África estão formando menos de 10% dos líderes necessários.

A média anual de alunos nas organizações teológicas fica abaixo de 200, com algumas exceções, como o Seminário Teológico Batista da Nigéria, que tem mais de dois mil estudantes.

Dr. David ressalta ainda que, devido às diversas funções que, geralmente, os pastores africanos exercem, a formação deles exige um treinamento adicional em áreas como empreendedorismo e transformação social.

O investimento na formação desses líderes vai além da capacitação teológica, em muitos casos, o ministério precisa contribuir com os materiais teológico, visto que, “há lugares remotos onde o pastor não tem sequer uma Bíblia”, afirmou o pastor e missionário Eberson Tobias, enviado pela Assembleia de Deus Ministério Vale das Virtudes de São Paulo à África.

Em 2011, o missionário fundou a Escola Teológica Pastor Sebastião Antônio Alves, em Moçambique, e é responsável por 35 igrejas africanas, a mais recente no Malawi, todas com um líder à frente.

“Ao longo da trajetória, já formamos centenas de obreiros e pastores, que têm impactado suas comunidades com as Boas-Novas do Evangelho”, afirmou.

Tobias destaca que Nigéria, Gana, Quênia, África do Sul e Moçambique, são os países onde o Evangelho tem crescido significativamente. Para ele, a busca espiritual dos africanos tem forte ligação com os desafios que enfrentam, como pobreza, guerras internas e doenças.

“Eles se agarram à esperança e ao consolo que o Evangelho oferece, fundamentados na fé em Jesus. Além disso, os missionários de hoje compreendem melhor a cultura local e apresentam a Palavra de maneira que respeita as tradições, como a alegria e a dança na adoração, o que também contribui para atrair as pessoas”, explica ele.

O secretário-geral da Missão Portas Abertas no Brasil, Marco Cruz, compara o avanço do Evangelho na África com o mesmo ritmo da perseguição religiosa.

“Quando as pessoas veem que os sobreviventes não desistem, não deixam de amar a Deus e de seguir a Jesus, isso serve como um testemunho de que o Senhor que servimos é fiel, leal e ama Seus filhos. Apesar dos ataques e mortes, o cristão perseguido continua vivo em seu testemunho de não negar e permanecer até o fim”, ressalta.

A Portas Abertas é uma agência missionária que atua na capacitação dos cristãos perseguidos em seus próprios países e comunidades, ao invés de formar líderes e missionários para enviá-los ao campo.

“Queremos que a igreja cresça e se fortaleça onde ela está. É ali que o Evangelho vai crescer, com o testemunho de um nativo da região, de um vizinho, de alguém que fala o mesmo idioma e que cresceu naquele lugar”, afirma Marco.

 

Redação CPAD News/ Com informações Comunhão


 

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