Lula discursa na ONU sobre as ações do governo em diversos temas Congressistas criticam a fala do presidente ao assumir que “é preciso fazer mais” no combate aos desastres ambientais Redação CPAD NewsDe Redação CPAD News25 de setembro de 20243 minutos lidos

Lula discursa na ONU sobre as ações do governo em diversos temas Congressistas criticam a fala do presidente ao assumir que “é preciso fazer mais” no combate aos desastres ambientais Redação CPAD NewsDe Redação CPAD News25 de setembro de 20243 minutos lidos

 

Nesta terça-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na abertura da 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos, e suas falas renderam comparações com o que mesmo disse no encontro de 2023.

Nos dois anos, Lula listou ações do governo sobre os seguintes temas: Oriente Médio, Guerra na Ucrânia, Cuba x terrorismo, Haiti, Meio Ambiente, Combate à fome, Democracia, Plataformas digitais, Reforma da ONU, Gênero e raça, LGBTQI+ e feminicídio.

Sobre o Meio Ambiente, o líder brasileiro falou em 2023, que implantaria um plano de transformação ecológica, e segundo o G1, “alertou que a emergência climática exigia mudanças, aporte financeiro aos países mais pobres e responsabilidades ‘diferenciadas'”.

Em 2024, o presidente criticou o atraso na implementação de acordos climáticos e do suporte financeiros dos países mais ricos, e se comprometeu em “zerar o desmate da Amazônia até 2030”. Lula afirmou que não transigirá “com ilícitos ambientais, com o garimpo ilegal e com o crime organizado”.

Em um trecho de sua fala, Lula admite que “é preciso fazer mais” para combater os incêndios florestais e as crises climáticas do país. A declaração indignou congressistas de oposição, como a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP), que afirmou: “Lula envergonhou o Brasil perante o mundo ao confessar sua ineficiência no combate às enchentes no Sul e aos incêndios que assolam o país inteiro”.

O deputado federal Sanderson (PL-RS) também criticou a fala do presidente. “O Sul enfrenta o maior desastre natural de sua história e o presidente Lula, ao invés de agir com firmeza, utiliza a ONU para confessar seu fracasso. Isso é inaceitável”, disse.

No discurso de 2023, Lula se comprometeu em combater “o feminicídio e todas as formas de violência contra as mulheres”, já no último encontro, o presidente não abordou o tema de forma direta, apenas declarou que o futuro depende de “um Estado sustentável, eficiente, inclusivo e que enfrenta todas as formas de discriminação”.

No tema “Oriente Médio”, quando Lula discursou em 2023 ainda não havia iniciado a guerra entre Israel e o Hamas. Na ocasião, ele afirmou ser “perturbador ver que persistem antigas disputas não resolvidas” que dificultam “a criação de um Estado para o povo palestino”.

Em 2024, Lula fez críticas às ações terroristas, sem citar o Hamas, e considerou a reação israelense como “punição coletiva” aos palestinos. Ainda na abertura de seu discurso, o líder brasileiro saudou a delegação palestina presente na assembleia.

“Dirijo-me em particular à delegação palestina, que integra pela primeira vez esta sessão de abertura, mesmo que ainda na condição de membro observador. E quero saudar a presença do presidente Mahmmoud Abbas”, disse Lula.

Sobre a guerra na Ucrânia, em 2023, o presidente defendeu a criação de um espaço de negociação com os dois lados do conflito. Já neste ano, afirmou que o conflito segue “sem perspectiva de paz” e que o “Brasil condenou de maneira firme a invasão do território ucraniano”.

Redação CPAD News/ Com informações G1 e Metrópoles

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