Nesta terça-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na abertura da 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos, e suas falas renderam comparações com o que mesmo disse no encontro de 2023.
Nos dois anos, Lula listou ações do governo sobre os seguintes temas: Oriente Médio, Guerra na Ucrânia, Cuba x terrorismo, Haiti, Meio Ambiente, Combate à fome, Democracia, Plataformas digitais, Reforma da ONU, Gênero e raça, LGBTQI+ e feminicídio.
Sobre o Meio Ambiente, o líder brasileiro falou em 2023, que implantaria um plano de transformação ecológica, e segundo o G1, “alertou que a emergência climática exigia mudanças, aporte financeiro aos países mais pobres e responsabilidades ‘diferenciadas'”.
Em 2024, o presidente criticou o atraso na implementação de acordos climáticos e do suporte financeiros dos países mais ricos, e se comprometeu em “zerar o desmate da Amazônia até 2030”. Lula afirmou que não transigirá “com ilícitos ambientais, com o garimpo ilegal e com o crime organizado”.
Em um trecho de sua fala, Lula admite que “é preciso fazer mais” para combater os incêndios florestais e as crises climáticas do país. A declaração indignou congressistas de oposição, como a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP), que afirmou: “Lula envergonhou o Brasil perante o mundo ao confessar sua ineficiência no combate às enchentes no Sul e aos incêndios que assolam o país inteiro”.
O deputado federal Sanderson (PL-RS) também criticou a fala do presidente. “O Sul enfrenta o maior desastre natural de sua história e o presidente Lula, ao invés de agir com firmeza, utiliza a ONU para confessar seu fracasso. Isso é inaceitável”, disse.
No discurso de 2023, Lula se comprometeu em combater “o feminicídio e todas as formas de violência contra as mulheres”, já no último encontro, o presidente não abordou o tema de forma direta, apenas declarou que o futuro depende de “um Estado sustentável, eficiente, inclusivo e que enfrenta todas as formas de discriminação”.
No tema “Oriente Médio”, quando Lula discursou em 2023 ainda não havia iniciado a guerra entre Israel e o Hamas. Na ocasião, ele afirmou ser “perturbador ver que persistem antigas disputas não resolvidas” que dificultam “a criação de um Estado para o povo palestino”.
Em 2024, Lula fez críticas às ações terroristas, sem citar o Hamas, e considerou a reação israelense como “punição coletiva” aos palestinos. Ainda na abertura de seu discurso, o líder brasileiro saudou a delegação palestina presente na assembleia.
“Dirijo-me em particular à delegação palestina, que integra pela primeira vez esta sessão de abertura, mesmo que ainda na condição de membro observador. E quero saudar a presença do presidente Mahmmoud Abbas”, disse Lula.
Sobre a guerra na Ucrânia, em 2023, o presidente defendeu a criação de um espaço de negociação com os dois lados do conflito. Já neste ano, afirmou que o conflito segue “sem perspectiva de paz” e que o “Brasil condenou de maneira firme a invasão do território ucraniano”.
Redação CPAD News/ Com informações G1 e Metrópoles
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