Furadeiras domésticas são usadas em cirurgias ortopédicas de hospital de SP Anvisa proíbe uso do equipamento em procedimentos desde 2008 Redação CPAD NewsDe Redação CPAD News6 de fevereiro de 2025Atualizado:6 de fevereiro de 20252 minutos lidos


                                                                              Foto: TV Globo 

 

Médicos do Hospital Nossa Senhora do Pari, no Centro de São Paulo, foram filmados usando furadeiras domésticas em procedimentos cirúrgicos de ortopedia. O equipamento é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária desde 2008.

Segundo um funcionário do hospital, que, por segurança, preferiu não se identificar, a casa (unidade hospitalar) possui de  cinco a nove furadeiras comuns usadas para perfurar parede. “Algumas têm até raspada a marca, e tem umas que são passadas [fita] isolante no cabo. Outras eles mesmos [médicos] reformaram”, afirmou

“Só vejo essas amarelas de parede mesmo. E como que as parafusadeiras chegam até lá, dá para saber. Tem uma pessoa responsável por comprar as coisas do hospital e ela compra essas [caseiras] porque diz que é mais barato e também para manutenção é mais barato”, disse.

A Associação Beneficente Nossa Senhora do Pari foi fundada em 2002 e é 100% credenciada pelo SUS para atendimentos ortopédicos. Ainda conforme o funcionário, a unidade usa as furadeiras em todos os procedimentos que exigem perfuração óssea.

A TV Globo, que obteve imagens de vídeos dos procedimentos com as furadeiras, buscou os órgãos envolvidos na gestão e fiscalização do Hospital, mas não teve retorno. Por nota, a diretoria do Hospital  disse que os perfuradores utilizados são aprovados pela Anvisa, e que são fiscalizados periodicamente.

Também por nota, a Secretaria Estadual da Saúde informou que o hospital tem total autonomia administrativa e que está sob a gestão do município. O Conselho Regional de Medicina irá fiscalizar o caso. A Anvisa disse que o caso seria uma demanda para a prefeitura local, que respondeu que não há denúncias contra o estabelecimento.

Com informações: G1

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