Após a mediação dos Estados Unidos, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, aceitou libertar 135 presos políticos e os enviou para a Guatemala, também localizado na América Central. Entre eles estão pastores, leigos católicos e líderes de um ministério cristão que atuava no país.
Segundo o grupo de advogados norte-americanos, Alliance Defending Freedom (ADF), todos os presos foram condenados ilegalmente. Dentre os presos, 13 são membros da organização evangélica Mountain Gateway e 11 são pastores da Igreja Puerta de la Montaña, filial de um ministério cristão norte-americano, que atuava na Nicarágua de forma legal, mas sua autorização para operar no país foi revogado pelo governo, sem nenhuma notificação judicial.
A Casa Branca agradeceu, em comunicado, “a liderança e a generosidade do governo do Guatemala por aceitar gentilmente esses cidadãos”. Os ex-prisioneiros poderão reconstruir suas vidas tanto no país atual quanto nos Estados Unidos ou em outro país que defenda a liberdade de expressão.
Ao chegarem no aeroporto La Aurora, os ex-detidos festejaram a liberdade. O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, escreveu que seu país “mostrou sua firme convicção democrática, rejeitando categoricamente as ameaças de retrocesso autoritário”.
As prisões ilegais foram anunciadas pela Nicarágua em dezembro de 2023 e os pastores eram investigados por lavagem de dinheiro.
A perseguição aos cristãos na Nicarágua existe há anos, mas a situação piorou após a posse do presidente Daniel Ortega, em 2018, quando apareceram protestos generalizados contra o regime ditador do país. Segundo a Portas Abertas, o objetivo do governo da Nicarágua “não é simplesmente silenciar a voz dos cristãos, mas manchar sua credibilidade e impedir a propagação da sua mensagem”.
Com informações da Revista Oeste e Revista Exame
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