Milhares de famílias brasileiras tem perdido o controle na esperança de ganhar dinheiro em plataformas de apostas on-line, que são divulgados, em muitos casos, por influencers. Um dos mais populares no Brasil é o Jogo do Tigrinho.
O uso abusivo de jogos eletrônicos é considerado como uma doença pela Organização Mundial da Saúde, desde 2018. Segundo a OMS, a jogatina on-line pode promover prejuízos físicos, psicológicos e inter-relacionais. Existem situações em que o vício vira caso de polícia. Jogadores contraem altas dívidas, vendem seus bens, chegam a fugir de casa com medo de credores e até a tirar a própria vida.
Atualmente, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) conduz oito inquéritos sobre o esquema que fatura milhões de reais por meio de cassinos on-line. Os jogos mais populares entre os brasileiros são uma espécie de cassino on-line e são ilegais por infringirem a Lei de Contravenções Penais. O Jogo do Tigrinho, por exemplo, simula um caça-níquel e ficou famoso por prometer ganhos fabulosos.
Mais de 500 boletins de ocorrência envolvendo os jogos de azar on-line foram registrados pela Polícia Civil do estado de São Paulo, em 2023.
A maior dificuldade apontada pelo delegado do Deic, Eduardo Simões Miraldi, na investigação é que as plataformas ficam sediadas em países como Malta, Estônia e Tunísia. Sem uma sede no Brasil, as plataformas criam obstáculos jurídicos para a interrupção das operações delas.
De acordo com as investigações, os criminosos fecham parcerias com influencers nas redes sociais no Brasil, inclusive crianças, para disseminar os jogos. Para isso, os influenciadores incentivam seus milhões de seguidores a clicar em links que levam para as plataformas, alguns deles usados por quadrilhas para aplicar golpe.
Com informações; Metrópoles
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