Em setembro, o CPAD News noticiou o caso do casal cristão que foi preso sob acusação de blasfêmia e profanação do Alcorão. Na ocasião, um vizinho, Muhammad Tamoor, afirmou ter visto páginas do Alcorão saindo da casa de propriedade do casal Kiran Bibi e Shaukat.
No entanto, no último dia 18 de outubro, um tribunal paquistanês concedeu a fiança ao casal cristão, fixada no valor de 100 mil rúpias paquistanesas (US$ 357), alegando provas insuficientes. De acordo com o UCA News, o juiz do Tribunal de Sessões Adicionais, Mian Shahid Javed, citou a falta de provas de “dano intencional ou contaminação do texto original do Alcorão Sagrado” nos termos da Secção 295-B do Código Penal do Paquistão, que é passível de prisão perpétua.
O tribunal também alegou não ter encontrado depoimentos de testemunhas oculares confiáveis que apoiassem as graves alegações. Foram levantadas questões sobre o verdadeiro culpado por danificar as páginas do livro e foi ordenado que a polícia conduzisse novas investigações sobre as alegações.
O desfecho do caso foi considerado um “julgamento histórico”, pelo Centro de Assistência Jurídica, Assistência e Liquidação (CLAAS), com sede no Reino Unido. Nasir Saeed, diretor do CLAAS elogiou a decisão e aproveitou a questão para enfatizar a necessidade de mudanças nas leis sobre blasfêmia no Paquistão.
Saeed concordou ainda, com o pedido para uma investigação mais aprofundada. “Esta decisão sublinha a importância de uma investigação minuciosa para estabelecer os fatos e garantir que a justiça prevaleça”, disse ele.
Embora não tenham ocorrido execuções, estas leis já levaram diversos cristãos à sentenças de morte ou prisão perpétua.
Com informações Christian Post
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