Pessoas trans podem ser batizadas na Igreja Católica e testemunhar casamentos O texto, aprovado pelo papa Francisco em 31 de outubro, é uma resposta aos questionamentos do bispo brasileiro José Negri Caio Rangel | Publicado em: 10/11/23 às 8:37h Atualizado em 10/11/2023 09:19

Pessoas trans podem ser batizadas na Igreja Católica e testemunhar casamentos O texto, aprovado pelo papa Francisco em 31 de outubro, é uma resposta aos questionamentos do bispo brasileiro José Negri Caio Rangel | Publicado em: 10/11/23 às 8:37h Atualizado em 10/11/2023 09:19


Papa Francisco (Reprodução)

Nesta quarta-feira (08), o Dicastério para a Doutrina da Fé, no Vaticano, emitiu um documento em que permite que pessoas trans se batizem na igreja, sejam padrinhos de batismos, ou testemunhas de casamentos.

O texto, aprovado pelo papa Francisco em 31 de outubro, é uma resposta aos questionamentos do bispo brasileiro José Negri, de Santo Amaro, sobre o tema.

Segundo a Igreja, pessoas trans, mesmo que tenham sido submetidas a tratamento hormonal ou cirurgia de mudança de sexo, podem receber o batismo “se não houver situações em que haja risco de gerar escândalo público ou desorientação entre os fiéis”.

Em relação a transsexuais serem padrinhos ou madrinhas de batismo, ou testemunhas de um casamento católico, o documento diz que a decisão fica a critério dos padres locais.

“A prudência pastoral exige que não seja permitida se houver perigo de escândalo, legitimação indevida ou desorientação na esfera educacional da comunidade eclesial”, orienta.

Sobre filhos de casais homossexuais, mesmo que sejam gerados em barriga de aluguel, o texto afirma que eles devem ser batizados “desde que haja uma esperança bem fundamentada de que eles serão educados na fé católica”.

Para que homossexuais sejam padrinhos ou madrinhas de batismo, o Vaticano exige que ele levem “uma vida em conformidade com a fé e a tarefa que assumem” e que tenham “uma relação estável e declarada (…), bem conhecida pela comunidade”.

 

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